segunda-feira, julho 03, 2006

Análise de André Vilas Boas à equipa da França

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"A equipa francesa joga em 4x3x3 e, tal como Portugal, divide o seu meio-campo em 3 linhas diferentes. Makelele sempre, sempre por trás da posse de bola para dividir jogo. Essencial na 1ª e na 2ª fase de construção e, por essas mesmas razões, penso que deve ser o alvo ideal para um momento de pressão mais acentuado (que até pode vir por parte de Pauleta por trás). Numa 2ª linha do meio-campo encontramos um Vieira mais virado para o ataque do que nunca. Timing fabuloso de penetração, mas para mim mais assustador na velocidade do passe e no poder aéreo. Depois, entre linhas, têm Zidane de volta ao mais alto nível. A povoação desse espaço entre a defesa e a linha de meio-campo (e sempre de modo a que o médio-defensivo não o veja) é essencial para a criação de oportunidades e é dessas posições que Zidane encontra as diagonais interiores de Malouda e Ribery, a chegada de Vieira de trás para a frente e o movimento de Henry para a faixa esquerda para receber a bola, conduzir interior e rematar (tal como no Arsenal).

Há outro movimento que gostava de destacar porque cria momentos de superioridade numérica para a equipa francesa, que é quando Ribery vem dentro para criar um losango juntamente com Makelele, Vieira e Zidane. Ao assumir essa posição, vai ser preciso comunicação total entre Valente, Costinha e Ronaldo, porque Valente ainda tem que se preocupar com a chegada do irrequieto Sagnol e Costinha tem que se preocupar com Zidane. Para que Costinha feche em Ribery é importante que Figo do outro lado venha fechar imediatamente interior. É também nas bolas paradas que os franceses se revelam fortíssimos, por um lado porque variam muito em termos de movimento na grande-área e depois porque recorrem à utilização de blocos para libertar um colega da marcação (normalmente Thuram bloqueia para Vieira se libertar). A organização defensiva baseia-se num bloco médio/baixo coeso. O espaço é limitado, por isso é necessário ser paciente, esconder e passar a bola. É preciso provocar a saída de jogadores da posição e isso parece-me particularmente mais fácil com Sagnol (pensa na bola antes de pensar no controlo da zona e sai "cego" para pressionar). O mais forte desta França para mim é a sua transição defensiva alta. Nesses momento,s são o oposto da atitude que adoptam dentro da sua organização defensiva. Nesses momentos apertam forte, condensam o espaço do primeiro receptor da bola e forçam o erro ou o passe de risco para um segundo jogador (golo contra a Espanha)."

in O Jogo

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